O São Paulo Futebol Clube, mais conhecido como São Paulo FC ou simplesmente São Paulo, é um clube poliesportivo brasileiro da cidade de São Paulo, capital do estado homônimo. Foi fundado em 25 de janeiro de 1930, tendo interrompido suas atividades em maio de 1935, e as retomado em dezembro do mesmo ano.
No futebol, é um dos, ou o clube mais bem sucedido do Brasil, sendo que, dentre seus principais títulos, destacam-se duas Copas Intercontinentais e uma Copa do Mundo de Clubes da FIFA (três mundiais, recorde absoluto a nível nacional), três Copas Libertadores (recorde nacional compartilhado com Flamengo, Grêmio, Palmeiras e Santos), uma Copa Sul-Americana, seis Campeonatos Brasileiros, uma Copa do Brasil e vinte e dois Campeonatos Paulistas. Quanto a títulos internacionais, o São Paulo, com 12 conquistas, é o terceiro clube da América do Sul com o maior número de troféus, ficando atrás somente de Boca Juniors e Independiente. No que diz respeito ao somatório de títulos oficiais de abrangência nacional e internacional de clubes brasileiros, em fevereiro de 2024, o São Paulo figurava como o terceiro maior campeão do Brasil, com 20 conquistas, atrás apenas do Palmeiras (com 24 conquistas) e do Flamengo (com 21); o São Paulo se tornou em 2024 o único a conquistar todos os títulos atualmente em disputa que um clube brasileiro pode vencer.
A agremiação também possui tradição em outros esportes que não o futebol, como no atletismo, no qual seu atleta na modalidade salto triplo, Adhemar Ferreira da Silva, foi o primeiro bicampeão olímpico do país (Olimpíadas de Helsinque em 1952 – em que superou o recorde mundial na modalidade – e Olimpíadas de Melbourne em 1956). Depois de Helsinque, Adhemar superou pela segunda vez o recorde mundial na modalidade, nos Jogos Pan-Americanos do México em 1955. Esses recordes são representados pelas duas estrelas douradas no escudo do clube.
No Ranking da CBF de dezembro de 2023, que mede apenas o desempenho dos últimos cinco anos, o São Paulo figura em 3º lugar. No Ranking CONMEBOL de dezembro de 2023, que leva em conta apenas os resultados obtidos nas últimas dez edições de competições organizadas na América do Sul pela entidade, o São Paulo aparece em 9º e é o 5º entre os clubes brasileiros. Já em março de 2024, para a IFFHS, órgão de estatística reconhecido pela FIFA e que produz anualmente um ranking de clubes, o Tricolor Paulista é o 24º melhor clube do mundo, 5º da América do Sul e 4º melhor do Brasil. A mesma IFFHS elegeu o São Paulo como o melhor time brasileiro da década de 2001–2010, e o segundo na América do Sul, atrás do Boca Juniors, da Argentina. O São Paulo também é um dos dois clubes do chamado G-12 que nunca foram rebaixados para a segunda divisão no Campeonato Brasileiro.
De acordo com estudos da Brand Finance, o São Paulo era o clube brasileiro com maior valor de mercado no ano de 2015, com US$ 95 milhões (cerca de R$ 296 milhões), sendo o 43º entre os 50 primeiros colocados mundialmente. Já a empresa BDO Brasil apontou em 2018 que a marca do clube era a quarta de maior valor no Brasil, ultrapassando R$ 1,1 bilhão.
Em 25 de outubro de 2006, foi sancionada na cidade de São Paulo a lei nº 14 229 de 11 de outubro do mesmo ano, cujo projeto de lei era de nº 648 de 2005, na qual fica definido que no dia 16 de dezembro de cada ano será comemorado o “Dia Tricolor”, homenageando, dessa maneira, a data de refundação do clube.
Hoje o São Paulo é o 3º clube mais valioso do futebol brasileiro, ficando apenas atrás de Flamengo e Palmeiras.
História
No dia 25 de janeiro de 1930 foi assinada a ata de fundação do São Paulo Futebol Clube, nascido da união entre a Associação Atlética das Palmeiras e uma grande parte dos jogadores e alguns membros da diretoria do Club Athletico Paulistano (que resolveu fechar o departamento de futebol em 1929), ficando como data magna do clube o dia 25 de janeiro de 1930, dia e mês em que foi fundada a cidade de São Paulo. Conservando as tradições do passado, o uniforme da nova equipe estamparia as faixas vermelhas e pretas em homenagem aos dois times fundadores.
O São Paulo ainda herdaria o campo pertencente à Associação Atlética das Palmeiras, a chamada Chácara da Floresta, razão pela qual essa fase (1930–1935) passou a ser conhecida, apenas recentemente e de modo informal, como São Paulo da Floresta.
Como conquistas, o Tricolor Paulista venceu o Campeonato Paulista de 1931 em seu segundo ano de existência e conseguiu sagrar-se vice em 1930, 1932, 1933 e 1934. Foi também vice-campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1933. Portanto, o São Paulo FC, clube recém fundado, estava no topo do futebol local. Um fato extraordinário, mas nem tanto se levadas em consideração suas origens vencedoras.
O São Paulo comprou, então, uma nova e suntuosa sede localizada na Rua Conselheiro Crispiniano, centro de São Paulo. O imóvel era um pequeno palácio conhecido como “Trocadero”, adquirido ao custo de 190 contos de réis. Essa dívida era grande para a época, porém o clube, detentor de um campo como o da Chácara da Floresta e um quadro de jogadores que valia muito, não se deixava abalar. Entretanto, alguns dirigentes andavam descontentes com os rumos do futebol no país e resolveram fundir-se com o Clube de Regatas Tietê, acabando de vez com o departamento de futebol. Outro grupo, favorável à continuidade da esquadra e liderados pelo Dr. Paulo Sampaio, foi à Justiça e em 23 de abril de 1935 impugnou o direito da diretoria fundir o Tricolor com o Tietê sem que a opinião dos sócios fosse ouvida.
Os sócios obtiveram ganho de causa mesmo após a defesa da diretoria, esta que não teve outra saída senão convocar uma assembleia geral. Porém, o artigo 2º dos estatutos da agremiação, à época, dizia que somente os “sócios fundadores” considerados “proprietários” do clube e que somavam 200, poderiam compor a assembleia. Como a maioria deles era ligada à diretoria, a fusão foi aprovada no dia 14 de maio de 1935. Nesse dia, debaixo de chuva, o departamento de futebol foi oficialmente extinto e desfiliado da APEA. Com a fusão, a parte administrativa foi fundida ao Clube de Regatas Tietê, que incorporou todos os patrimônios físicos e que, em troca, quitaria os créditos do São Paulo e não poderia usar as cores, uniformes ou símbolos do mesmo. Surgia assim o Tietê-São Paulo.
Após a fusão com o CR Tietê, alguns antigos sócios do Tricolor Paulista, inconformados com tudo o que ocorrera, decidiram restabelecer a equipe de futebol, surgindo assim, no dia 4 de junho de 1935, o Clube Atlético São Paulo. No dia 16 de dezembro de 1935 ressurgiria o São Paulo Futebol Clube, que depois de tantos empecilhos e ressurreições, ganhou a alcunha de “Clube da Fé” do jornalista Tomás Mazzoni. O São Paulo Futebol Clube recebeu o título de “O Mais Querido” durante o período da ditadura Vargas, no qual eram proibidas as ostentações das bandeiras estaduais. Na ocasião da inauguração do Estádio do Pacaembu, em 27 de abril de 1940, o Tricolor Paulista entrou ostentando o nome e as cores do time, que são as mesmas do estado de São Paulo. O estádio inteiro e os locutores de todas as rádios, revoltados com a censura, driblaram-na aplaudindo de pé o time que carrega até hoje as cores vermelho, branco e preto.
No dia seguinte, o jornal A Gazeta Esportiva estampava em sua capa a manchete “O Clube Mais Querido da Cidade”. Passado mais um tempo, o DEIP (Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda) promoveu um concurso público entre torcedores de todas as agremiações da época, com Corinthians e Palestra Italia sendo favoritos, pois possuíam as maiores torcidas. O vencedor acabou sendo o São Paulo com 5 523 votos, mais que a soma de votos dos seus dois principais concorrentes. Até hoje o slogan “O Mais Querido” figura entre os impressos de correspondência do clube.
Mas foi somente em 1942 que tudo mudou para o São Paulo, com a negociação mais cara do futebol na época: Leônidas da Silva. Ele foi contratado para que o clube conquistasse seu segundo título paulista. E deu certo. Na reunião que definiria o calendário do Paulista de 1943 na sede da Federação Paulista, um dirigente do Corinthians disse que o encontro não era necessário, pois ao lançar uma moeda no ar, o campeão seria definido: se desse cara o campeão seria o Corinthians e se desse coroa, o Palmeiras (antigo Palestra Italia). Ao ser questionado sobre o São Paulo pelo representante tricolor, o dirigente respondeu que se a moeda parasse em pé o campeão seria o São Paulo, e ainda brincou, dizendo que se parasse no ar a campeã seria a Portuguesa. Realmente até aquele momento o Tricolor era tratado com um time mediano que não rivalizava com os rivais supracitados. Dessa maneira se iniciou o campeonato, com o São Paulo disposto a quebrar a hegemonia de Corinthians e Palmeiras. Até que no último jogo, contra o Palmeiras, o São Paulo segura um empate sem gols e conquista o título no ano em que a moeda caiu em pé. Por conta dessa conquista o então Grêmio são-paulino fez uma marcha à noite com um carro alegórico que continha uma moeda em pé somente para ir buscar a Taça dos Invictos no prédio da Gazeta Esportiva.
A partir daí o Tricolor do Morumbi faturou cinco títulos na década de 1940, com o Paulista de 1943, e os bicampeonatos de 1945/46 e 1948/49.
Em 1950, o craque do clube, Leônidas, se aposentou. Junto a isso começou a tomar força um movimento para a construção de um estádio. Então a agremiação sanou suas dívidas e partiu em busca de um terreno para a construção. No terreno da área do que é hoje o bairro do Jardim Leonor, na região do Morumbi, a pedra fundamental foi lançada e em 1953 teve início a construção do estádio, com o futebol sendo relegado a segundo plano. Mesmo assim, o clube conseguiu os Paulistas de 1953 e 57.
Em 1958, o clube fez uma campanha de busca de sócio pelo interior.
Em 1960 o Estádio Cícero Pompeu de Toledo foi parcialmente inaugurado, de modo a aumentar a arrecadação do clube. Com todos os esforços sendo desviados para o estádio ainda inacabado, a equipe de futebol ficou o período entre 1957 e 1970 sem conquistar títulos oficiais. Somente após a inauguração total, em 1970, é que vieram os títulos com os Paulistas de 1970, 1971 e 1975 e o inédito Campeonato Brasileiro de 1977. Houve ainda os vice-campeonatos dos Brasileiros de 1971, 1973 e da Libertadores de 1974.
A década de 1980 se inicia com o bicampeonato paulista de 1980/1981. Em 1984 o time forma os chamados Menudos do Morumbi, com a liderança do técnico Cilinho, em alusão à banda porto-riquenha Menudo, com vários jogadores vindos da base, entre eles Müller. Com esse time conquista-se o bicampeonato brasileiro em 1986 e os Paulistas de 1985 e 87. Já sem os “Menudos”, o clube ganha o Paulista de 1989.
Em 1990 o São Paulo começa mal e coube a Telê Santana recuperar o time. Já em 1991 o time vence o Paulista e o tricampeonato Brasileiro. Logo após, conquista o bicampeonato da Copa Libertadores da América em 1992 e 1993 e o bicampeonato da Copa Intercontinental (antiga concorrência máxima de clubes) também em 1992 e 1993. O São Paulo levou ainda o Paulista de 1992, a Supercopa Libertadores de 1993, as Recopas Sul-Americanas de 1993 e 1994, a Copa Conmebol de 1994, a Copa Master da Conmebol de 1996 e o Paulista de 1998.
Rio-São Paulo de 2001 e no Supercampeonato Paulista de 2002 o time parecia engrenado, mas foi somente com uma reformulação no elenco que conquistou, em 2005, o Campeonato Paulista, o tri da Libertadores e o Mundial da FIFA. Após essa conquista o desmanche no elenco foi inevitável.
Durante os anos de 2006, 2007 e 2008 o time tentou a conquista da América novamente, mas sem sucesso. Então coube à equipe se esforçar para a conquista de um feito inédito no futebol nacional, o tricampeonato brasileiro consecutivo na era dos pontos corridos, nos mesmos anos, sob o comando do técnico Muricy Ramalho.
Após essa geração vitoriosa que conquistou o tricampeonato brasileiro, o São Paulo venceu a inédita Copa Sul-Americana de 2012 contra o Tigre da Argentina sob o brilho do atacante Lucas Moura.
Após o triunfo frente aos argentinos, o clube sofreu um hiato de oito temporadas sem títulos, mesmo montando bons times nos anos de 2014 (vice-campeão do Brasileirão) e 2016 (semifinalista da Libertadores), vindo a conquistar, sob a batuta do argentino Hernán Crespo, o Campeonato Paulista de 2021 frente ao rival Palmeiras, sendo este período o segundo maior jejum de títulos na sua história.
Em 2022, o São Paulo foi vice-campeão da Copa Sul-Americana, perdendo para o Independiente del Valle, do Equador.
O São Paulo foi campeão da Copa do Brasil de Futebol de 2023, título inédito para o clube, superando o Flamengo nas finais. Em 2024 o time foi campeão da Supercopa Rei, vencendo o Palmeiras no Estádio Mineirão em Belo Horizonte e obtendo um título inédito, o que fez dele o único clube do futebol brasileiro que conquistou todos os títulos que estão atualmente em disputa.
Símbolos
O Tricolor Paulista manteve ao longo de sua história, o mesmo nome, as mesmas cores, o mesmo estilo de escudo, o mesmo uniforme e a mesma bandeira.
Os fundadores do São Paulo Futebol Clube queriam nome, cores e formas que representassem suas vontades como esportistas. Para isso, foi retirado o vermelho do Club Athletico Paulistano, o preto da Associação Atlética das Palmeiras e o branco de ambos, simbolizando a união dos times em um outro, maior. Assim nasciam as três cores do clube.
Já o escudo e os uniformes do SPFC foram desenhados pelo estilista alemão Walter Ostrich, simpatizante do novo clube em formação, com a colaboração de Firmiano de Moraes Pinto, um dos presentes na fundação.
Escudo
De acordo com o estatuto do clube, o símbolo do Tricolor Paulista é formado por um triângulo isósceles branco, invertido, com base maior elevada por um retângulo com altura igual à metade da lateral do referido triângulo. Dentro dessa parte alongada encontra-se outro retângulo, de cor preta, com as iniciais SPFC em branco. No interior do triângulo uma faixa branca de largura igual a um quarto da lateral menor com dois triângulos escalenos, um vermelho à esquerda e outro preto, à direita.
As estrelas foram introduzidas posteriormente e também têm um significado especial. As duas douradas, gravadas no escudo em 1955 e, posteriormente, no uniforme em 1997, representam os recordes mundiais e olímpicos conquistados por Adhemar Ferreira da Silva nas Olimpíadas de 1952 em Helsinque e nos Jogos Pan-Americanos de 1955 no México.
Já as três estrelas vermelhas, ao centro, introduzidas por completo em 2006, representam o bicampeonato da Copa Intercontinental, nos anos de 1992 e 1993 e a conquista do Mundial da FIFA, em 2005.
Pelo estatuto não são permitidas inclusões de títulos considerados de menor importância. Campeonatos continentais, nacionais, estaduais ou amistosos jamais poderão ser representados por estrelas. Abaixo, a evolução dos escudos, desde a fundação até os dias atuais:
Mascote
Até hoje o São Paulo Futebol Clube teve apenas uma mascote, que ficou marcada em sua história. Criada na década de 1940 por um cartunista do jornal A Gazeta Esportiva, a imagem do santo agradou a todos os são-paulinos, permanecendo até hoje como mascote oficial do clube. Pelo fato do verdadeiro São Paulo ter morrido com aproximadamente 60 anos, é representada por um velhinho de barba branca. É chamada de “Santo” Paulo para não confundir com o nome do clube.
Hino
O hino do São Paulo Futebol Clube (composto por Porfírio da Paz em 1935 e oficializado em 1942) passou por diversas alterações até chegar à atual estrutura.
A criação do hino foi um tanto atípica e comovente. Porfírio da Paz em 1935, à época tenente da Força Pública e farmacêutico, acabara de ser informado que perderia sua casa por falta de pagamento, e por conta do nervosismo, cantarolava uma canção entoando o nome do clube do qual era apaixonado. Mais tarde e mais calmo, pôs no papel a letra que viria a ser o hino do São Paulo Futebol Clube.
Quase tudo que recebia ia para o clube. Quando fui avisado da perda da casa, fiquei desolado. Andava de um lado para o outro, sem saber o que fazer. Mas o amor pelo São Paulo foi maior e ao invés de desistir, comecei a cantarolar “Salve o tricolor paulista” e compus o hino do clube. Foi cantando o hino que eu e minha família deixamos nossa casa.
— Porfírio da Paz
Em 1942, contando com diversos segmentos esportivos, Porfírio apresentou o então hino do clube. Mas uma das estrofes, em particular a sétima, causou certas interpretações errôneas. Ela continha a rima “Do Palmeiras também trazes”, em referência à AA das Palmeiras, clube este que se fundiu ao CA Paulistano para formar o Tricolor Paulista, porém, o Palestra Itália havia alterado seu nome para Palmeiras, o que fez gerar toda uma confusão.
Porfírio então substituiu a palavra “Palmeiras” pela palavra “Floresta”, região onde se localizava o São Paulo e muitos outros clubes da época, ficando pois, “Da Floresta também trazes”. Por não haver uma ligação estreita com o clube, Porfírio viu-se obrigado a remodelar totalmente a sétima estrofe, deixando-a da maneira como a conhecemos hoje. O estribilho também fora mudado acrescentando-se o advérbio “já”.
Depois de mudado quase que por completo, no dia 29 de abril de 1966, Porfírio pediu licença em uma reunião no Egrégio Conselho Deliberativo para que pudesse cantar o hino definitivo do clube. Aproveitou a ocasião também para doar todos os direitos autorais ao Tricolor do Morumbi.
Uniformes
De acordo com o estatuto do São Paulo Futebol Clube, os uniformes têm que ser produzidos de acordo com as normas pré-estabelecidas. A aplicação de patches nas mangas só é permitida enquanto o clube detiver o título de determinado campeonato ou por algum outro motivo especial.
Além das mudanças estéticas, houve a mudança na própria estrutura e tecido do uniforme. Até a década de 1970 os uniformes eram produzidos em algodão puro, o calção chegava a ser, por vezes, de brim e os meiões eram amarrados à canela para não caírem. Somente no final dos anos 70 é que começou a ser usada uma mescla de fibras para, em 1986, o poliéster ser incorporado ao material das camisas juntamente ao algodão. Com isso, os mantos ficaram mais leves e não encharcavam como os antigos. Somente no meio da década de 1990 é que o tecido 100% poliéster começou a ser utilizado. Em 2000 surgiram as primeiras camisas que retinham menos suor e com alta capacidade de evaporação. Atualmente, os materiais dos uniformes continuam evoluindo com novas composições de tramas para proporcionar aos jogadores a melhor condição de jogo.
Uniforme titular
O uniforme titular é composto de camisa branca com três faixas horizontais à altura do peito, sendo a primeira vermelha, seguida pela branca e pela preta. As faixas vermelha e preta devem ter 5 centímetros de largura e a branca 2,5 centímetros. O escudo cobre inteiramente as faixas. Esse uniforme é a mistura perfeita dos clubes que deram origem ao Tricolor do Morumbi, o CA Paulistano e a AA das Palmeiras, uma vez que o primeiro possuía uma faixa vermelha e o segundo uma preta no uniforme. O calção e as meias são igualmente brancas.
Uniforme reserva
O uniforme reserva é composto alternadamente por faixas vermelhas, brancas, pretas e novamente brancas, todas verticais. Na altura do coração encontra-se o escudo do clube. As faixas vermelhas e pretas possuem 4,5 centímetros de largura e as brancas têm largura de 1,5 centímetro. O calção e as meias são pretos.
O uniforme padrão do São Paulo possui diversos tipos de combinações, sempre mesclando partes do uniforme principal com partes do uniforme reserva. Dessa maneira cumpre-se a rigorosa norma da FIFA (de meados dos anos 90) de diferenciação de todas as partes das vestimentas dos times em uma partida.
Uniforme alternativo
Em julho de 2015 o conselho deliberativo aprovou a criação de um terceiro uniforme e, pela primeira vez em sua história, será permitido pelo estatuto do time.
Anteriormente já havia sido produzido em épocas distintas (1944, 1966, 1984, 1985 e 2000), mas sempre com vida curta (alguns chegaram a ser utilizados em apenas uma partida). Já ocorreu de ser criado um terceiro e um quarto uniformes praticamente iguais aos oficiais, porém com pequenas mudanças, tal qual uma gola alusiva aos anos 80 para a disputa de jogos da Copa Libertadores da América (2007).
De 2008 a 2010, a Reebok, antiga fornecedora de material esportivo da equipe, passou a lançar a cada ano uma “Camisa Oficial da Torcida Tricolor”, uma espécie de terceiro uniforme que não entrava em campo em partidas oficiais, servindo apenas para vendas à torcida. A primeira camisa desse tipo foi chamada de “Torcida Black“, uma camisa preta com uma listra vertical vermelha e uma branca à esquerda. A segunda camisa desse tipo a ser produzida foi inspirada no terceiro uniforme que o time usou em 1966.
O lançamento do terceiro uniforme foi no dia 16 de outubro de 2015, a camisa número três do Tricolor será bordô para os jogadores de linha e grafite, com detalhes em dourado, para os goleiros. A Under Armour teve que cumprir ao menos um item do estatuto: “todas as camisas dos atletas de linha devem, obrigatoriamente, ter vermelho, branco e preto”.