O mascote do Bahia é o Super-Homem; no entanto, o tricolor comemora os gols marcados nos quatro clássicos realizados em 2024 e as principais referências aos times rubro-negros são as sardinhas e os pintinhos. Tudo é baseado na “despesa”, um termo mais regional que a maior parte do país tende a chamar de “zoeira”. Mas será que realmente sabemos a raiz da provocação, como o BRG365 vai te dizer?
Sardinha
As polêmicas envolvendo o Bahia começaram há muito tempo. Tudo começou em 2011, no estúdio da Globo. Porém, pode-se acreditar que a pessoa mencionada (não especificada no texto) é inocente. O “vilão” dessa história é o técnico Joel Santana.
Durante o programa “Bem, Amigos”, o treinador afirmou que não aceitaria o convite para treinar o Bahia (Tricolor). O motivo? Ele estava “esperando um peixe grande”.
“Estou na água, esperando um peixe grande. Não é sardinha, não”, disse Papai Joel, como é carinhosamente chamado.
Essas palavras deixaram os torcedores do Vitória muito felizes. Desde então, eles não pararam de fazer piadas. Nos jogos, o Rubro-Negro comemora gols ou vitórias em clássicos com “pescaria” até hoje.
E a “zoeira” não tem limites: jogadores viram peixes, bandeirinhas de escanteio se transformam em varas de pesca. Recentemente, o meio-campista Rodrigo Andrade chegou a jogar uma rede de pesca em pleno gramado da Arena Fonte Nova, durante a final do Campeonato Baiano.
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Galinha
Na verdade, a alegria com a Vitória começou em 2018. Mais precisamente, em 18 de fevereiro daquele ano. O clássico que teve início com o “Paz Ba-Vi” terminou antecipadamente depois que Bruno Bispo foi expulso. Como o Leão ficou com número insuficiente de jogadores no campo (apenas seis), o árbitro-chefe decidiu encerrar o jogo.
Desde então, os torcedores do Bahia chamam esse confronto de “Corrida dos Galos”. Esse apelido faz uma alusão ao filme lançado pela DreamWorks em 2000 e já se afundou profundamente na memória das pessoas. Nos últimos sete anos, sempre que os jogadores do Tricolor marcam gols em um confronto de clássico, as pessoas celebram com mosaicos, galos de pelúcia e muitas espigas de milho.
As sardinhas, os galos, as canas de pesca e o milho fazem todos parte da história do clássico Ba-Vi. Esse clássico é um exemplo de como se pode fazer com que as celebrações e as provocações aconteçam sem recorrer ao racismo, aos preconceitos ou à intolerância.