A Polícia Federal (PF) indiciou o atacante Bruno Henrique Flamengo por suspeita de forçar um cartão amarelo no jogo contra o Santos, em novembro de 2023, com o objetivo de beneficiar apostadores.
A investigação revelou um esquema que envolveu familiares e amigos do jogador Bruno Henrique Flamengo, que lucraram com as apostas. O caso já virou um dos maiores escândalos recentes do futebol brasileiro.
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Acusações e envolvidos
Bruno Henrique Flamengo e seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, foram indiciados por fraude esportiva (Lei Geral do Esporte) e estelionato. A pena pode chegar a seis anos de prisão.
Além deles, outros dez investigados estão na lista, incluindo a cunhada Ludymilla Araújo Lima, a prima Poliana Ester Nunes Cardoso e seis amigos de Wander.
As provas incluem mensagens de WhatsApp recuperadas do celular de Wander.
Confira:
Wander: "O tio você está com 2 cartão no brasileiro?"
Bruno Henrique: "Sim"
Wander: "Quando (o) pessoal mandar tomar o 3 liga nós hein kkkk"
Bruno Henrique: "Contra o Santos"
Wander: "Daqui quantas semanas?"
Bruno Henrique: "Olha aí no Google"
Wander: "29 de outubro"; "Será que você vai aguentar ficar até lá sem cartão kkkkkk"
Bruno Henrique: "Não vou reclamar"; "Só se eu entrar forte em alguém"
Wander: "Boua já vou guardar o dinheiro investimento com sucesso"
De acordo com a PF, na véspera da partida, Bruno Henrique ligou para Wander para confirmar que tomaria o cartão.
Mensagens de WhatsApp
Lucro das apostas
Os familiares apostaram valores modestos, mas obtiveram retornos expressivos:
Wander: R$ 380,86 investidos → R$ 1.180,67 de lucro.
Ludymilla: R$ 880,86 em duas plataformas → R$ 2.605,67 no total.
Poliana: R$ 380,86 → R$ 1.180,67.
A PF analisou quase 4 mil mensagens no celular de Bruno Henrique Flamengo, mas a maioria estava apagada. Já o aparelho de Wander tinha conversas comprometedoras, incluindo combinados sobre o cartão.
Como começou
A investigação começou em agosto de 2023, após alertas de casas de apostas.
Em uma plataforma, 98% das apostas de cartão do jogo Flamengo x Santos foram direcionadas a Bruno Henrique Flamengo.
O atacante, que já tinha dois amarelos no Brasileirão, foi advertido nos acréscimos após uma falta dura em Soteldo. Na sequência, reclamou e levou vermelho.
Na época, o STJD arquivou o caso por falta de provas. Agora, a PF entregou o relatório ao Ministério Público do DF, que decidirá se denuncia os investigados.
Bruno Henrique Flamengo
Flamengo defende
O clube rubro-negro emitiu uma nota reforçando o princípio da presunção de inocência: “Não fomos comunicados oficialmente, mas defendemos o devido processo legal”.
Por enquanto, Bruno Henrique Flamengo segue no elenco e pode ser relacionado para os próximos jogos.
A diretoria evitou críticas ao atleta, mas deixou claro o compromisso com o fair play.
A torcida, porém, cobra transparência: “Isso mancha a imagem do time”, comentou um fanático nas redes sociais.
Próximos passos
Enquanto aguarda definição jurídica, Bruno Henrique Flamengo mantém o foco em campo.
Procurado, o atleta não comentou o caso, mas sua assessoria afirmou: “Ele confia na justiça”.
O cenário preocupa o Flamengo, que vive uma fase decisiva no Campeonato Brasileiro. Nesta quarta (16), o time enfrenta o Juventude sob os holofotes do escândalo.
E agora, Bruno?
O caso envolvendo Bruno Henrique Flamengo expõe a vulnerabilidade do futebol às apostas ilegais.
Para especialistas, a punição exemplar é crucial para frear esquemas assim. Enquanto isso, o torcedor espera respostas: “Se for culpado, que pague.
Mas precisamos de provas concretas”, resumiu um internauta.
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