Ao entrar na temporada de 2025, o futebol brasileiro continua fervendo em emoção, com equipes como Flamengo, Palmeiras e Botafogo travando batalhas intensas pelo título. No entanto, a temporada de 2024 também deixou marcas profundas em algumas equipes que pagaram um preço alto por seus erros.

O BRG365 te convida a relembrar como o Vitória se tornou a equipe com a pior defesa do Brasileirão Série A 2024, analisando as causas e os impactos desse desempenho desastroso.
Retorno do Vitória à elite
A temporada de 2024 marcou o retorno do Vitória à Série A do Brasileirão após anos afastado da elite. No início do campeonato, o clube demonstrava grande ambição. O técnico Léo Condé, que havia feito uma campanha sólida na Série B, logo se viu em apuros com o ritmo e intensidade da primeira divisão.
Nas 10 primeiras rodadas, o Vitória somou apenas 1 vitória, 2 empates e 7 derrotas, sofrendo 21 gols e ficando com saldo de -13, ocupando a lanterna da tabela. Apesar de uma defesa sólida na Série B, o clube baiano não resistiu ao ritmo acelerado de times como Flamengo, Palmeiras e Grêmio, que impuseram grande pressão e velocidade de jogo.
A defesa do Vitória se mostrava vulnerável e desorganizada: os zagueiros falhavam na comunicação, havia muitos espaços nas laterais e o goleiro hesitava nas saídas, resultando em um sistema defensivo caótico e sem coordenação.
Dados defensivos
De acordo com os dados oficiais, ao fim da temporada de 2024, o Vitória registrou:
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Gols sofridos: 67 (pior marca da liga)
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Saldo de gols: -26 (pior da competição)
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Média de gols sofridos por jogo: 1,76
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Partidas sem sofrer gols: apenas 3
Outros números preocupantes:
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Finalizações sofridas: 496 (uma das maiores da liga, indicando falha na contenção no meio-campo)
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Erros defensivos que resultaram em gols: 12
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Gols sofridos em bolas paradas: 19 (28% do total)
Desequilíbrio tático
As escolhas táticas do Vitória em 2024 geraram muitas críticas. Inicialmente, o time tentou replicar o modelo da Série B — defesa compacta e contra-ataque veloz. No entanto, com um meio-campo pouco combativo, a defesa passou a ser excessivamente sobrecarregada. Quando havia erros no setor central, os adversários encontravam caminho livre até a área.
Na metade da temporada, Léo Condé foi demitido, sendo substituído pelo interino Rogério Corrêa. A troca, porém, não surtiu efeito. Contra equipes como São Paulo e Athletico Paranaense, o Vitória sofreu goleadas por 4 ou até 5 gols.
O time apresentava falhas crônicas em bolas paradas, lentidão na recomposição pelos lados e ausência de apoio dos alas. Além disso, a constante troca de duplas de zagueiros minava qualquer chance de estabilidade defensiva.
Erros de elenco e contratações mal planejadas
As ações do Vitória no mercado de transferências em 2024 foram amplamente criticadas pela imprensa, que classificou o elenco como uma “montagem sem coerência”. Entre os principais problemas:
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Ausência de zagueiros velozes
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O goleiro Marcos Felipe teve atuações instáveis e cometeu erros técnicos graves
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As contratações vieram, em sua maioria, por meio de empréstimos ou atletas livres, sem perfil tático adequado
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Jogadores da base foram lançados prematuramente, sem maturidade para o nível da Série A
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Cuiabá e Atlético-GO também decepcionam
Além do Vitória, outras equipes também apresentaram deficiências defensivas graves no Brasileirão Série A 2024:
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Cuiabá
A equipe do Mato Grosso terminou com 58 gols sofridos, segunda pior marca. O sistema defensivo demonstrava queda de rendimento físico nos segundos tempos, permitindo viradas e goleadas nas etapas finais contra equipes mais bem preparadas.
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Atlético-GO
O clube goiano iniciou o campeonato com desempenho razoável, mas desmoronou após sofrer com uma sequência de lesões. Com 55 gols sofridos, foi a terceira pior defesa. A troca de comando técnico e o desequilíbrio tático foram fortemente criticados.
Lições para 2025 e perspectivas futuras
Em 2025, o Vitória retornou à Série B, com um planejamento voltado à reconstrução. A diretoria promoveu mudanças internas significativas, contratando o jovem técnico Luís Machado, com a missão de reorganizar o sistema defensivo.
O objetivo declarado é claro: voltar à Série A em até dois anos, mas com uma estrutura sólida, um elenco equilibrado e aprendendo com os erros cometidos em 2024.