Desde a parceria com a Red Bull Bragantino em 2019, o Bragantino vive no meio de uma controvérsia que não dá sinais de esfriar. Para alguns, o clube virou exemplo de modernização. Para outros, símbolo da perda de identidade no futebol brasileiro.
A verdade é que a polêmica do Bragantino vai muito além dos gramados.

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A fusão Red Bull e Bragantino
Em abril de 2019, Bragantino e Red Bull Brasil oficializaram uma união que surpreendeu muita gente.
A partir de 2020, o time passou a se chamar Red Bull Bragantino, com a Red Bull assumindo o controle total do futebol profissional – desde as contratações até o pagamento dos salários.
O investimento inicial foi de R$ 45 milhões, segundo o presidente do Bragantino, Marquinho Chedid.
Mas a mudança foi além do nome. O escudo ganhou o famoso touro vermelho da marca, a Nike substituiu o fornecedor anterior e o estádio Nabi Abi Chedid iniciou reformas com um aporte inicial de R$ 500 mil.
Para a Red Bull, era a chance de consolidar seu projeto no Brasil. Para o Bragantino, a oportunidade de voltar à elite após décadas longe dos holofotes.
Mas a polêmica do Bragantino cresceu: onde termina o progresso e começa a descaracterização?
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O que pensam os torcedores?
A transformação trouxe conquistas, mas também dividiu corações. Em Jarinu, torcedores do Red Bull Brasil se sentiram abandonados. “O que digo ao meu filho? Ele perguntou se o Red Bull acabou”, desabafou Cleber Alves.
Já em Bragança Paulista, a ansiedade era outra. “Tememos que o Bragantino vire um clube fantasma”, contou Laércio, torcedor da cidade.
Mesmo com promessas de manter o apelido “Massa Bruta” e respeitar a história, muitos viram as mudanças com desconfiança.
Até o mascote entrou na briga. Beto Leão, símbolo do clube há 36 anos, virou alvo de rumores: teria que virar Beto Touro? A resposta foi direta: “Sou Beto Leão, ponto final.”
A polêmica do Bragantino não é só sobre gestão — é sobre memória, apego e identidade.
Os torcedores estão preocupados com a fusão dos clubes(BRG365)
Globo ignora Red Bull Bragantino
Outro ponto quente da polêmica do Bragantino é o tratamento dado pela Rede Globo.
Nas transmissões, o time é chamado apenas de “Bragantino”, ignorando o nome da patrocinadora. O motivo? A emissora alega evitar "propaganda gratuita".
Essa não é uma prática nova. O Allianz Parque vira “Arena Palmeiras” e a equipe de Fórmula 1 Red Bull Racing vira “RBR”.
Para a Globo, é uma questão mercadológica: “Por que promover uma empresa que não paga pelos nossos anúncios?”, argumentam.
Mas essa postura levanta dúvidas. Qual marca vai investir milhões se não pode ser mencionada? O silêncio da maior emissora do país alimenta a discussão e reforça o embate entre tradição e marketing.
Afinal, essa omissão preserva o futebol ou prejudica o futuro dos clubes-empresa?
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O poder das marcas no futebol
A polêmica do Bragantino não é um caso isolado. A influência de grandes marcas no futebol levanta questões em todo o mundo.
Na Europa, a UEFA já impôs limites. Red Bull Salzburg e RB Leipzig precisaram adaptar seus nomes e escudos para disputar juntos a Champions League. A regra é clara: não pode parecer que dois clubes pertencem à mesma empresa.
No Brasil, ainda não há restrições formais, mas o debate esquenta. O modelo do Red Bull Bragantino é visto por uns como o futuro do futebol. Por outros, como o fim das raízes dos clubes tradicionais.
“Clubes precisam de dinheiro, mas não podem esquecer suas raízes”, opinou um torcedor anônimo em um fórum esportivo.
É mais uma polêmica que revela o choque entre paixão e negócio.
Red Bull Bragantino busca iniciar uma nova era no futebol brasileiro(BRG365)
Bragantino: vitórias e polêmicas
Em 2024, o Red Bull Bragantino já soma conquistas importantes: acesso à Série A, participação na Libertadores e um elenco repleto de jovens talentos.
O investimento de R$ 200 milhões em 2020 gerou frutos visíveis. Mas o custo? Para muitos, foi a identidade.
A reforma do estádio Nabi Abi Chedid, agora com cara de arena moderna, representa bem essa dualidade: progresso com sabor agridoce.
Para os que viram o clube nascer em 1928, é difícil ver tanta mudança sem levantar polêmica.
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Sucesso ou risco?
É inegável: a Red Bull transformou o Bragantino em um clube competitivo, com estrutura de alto nível e visibilidade internacional. Contratações bem planejadas, categorias de base valorizadas e bons resultados mostram que o projeto tem méritos.
Mas a polêmica do Bragantino serve como alerta. Quando o estádio vira arena, o mascote vira pauta e o nome do time vira marca, algo se perde. A emoção do futebol não cabe só nos números.
É preciso encontrar equilíbrio entre profissionalização e preservação da identidade. O torcedor não quer só vitórias — ele quer se reconhecer no escudo, nas cores, nas histórias que formam a alma do clube.
O Red Bull Bragantino é um caso de sucesso? Sim. Mas também é o exemplo perfeito de como a comercialização no futebol pode virar um campo minado de sentimentos.
o que esperar da parceria entre Bragantino e Red Bull(BRG365)
E você, o que acha? Comercialização é o futuro ou o fim da tradição?
Curiosidade⚽️💼
Em 2023, o Red Bull Bragantino fez história ao conquistar a Copa Sul-Americana — primeiro clube-empresa brasileiro a levantar um título internacional. Um feito que levanta outra pergunta:
Será que o modelo do clube-empresa é o futuro inevitável do futebol brasileiro?🤔
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