Se tem uma coisa que não falta no Palmeiras de Abel Ferreira é versatilidade tática. O técnico português, desde que chegou ao clube, virou um mestre do quebra-cabeça tático.
Vamos mergulhar nas duas formações que mais deram o que falar: o tradicional 4-2-3-1 e o polêmico 3-5-2, dois modelos que mostram bem a riqueza tática do time.
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O Clássico 4-2-3-1
Essa tática é o ponto de partida da maioria dos jogos. Um verdadeiro "default" de Abel Ferreira no Palmeiras.
Com quatro defensores, dois volantes, três meias e um atacante central, o time busca equilíbrio entre solidez defensiva e criatividade ofensiva. Uma tática que privilegia a compactação e a transição veloz.
Os volantes — como Danilo e Zé Rafael — seguram o meio. À frente, meias criativos como Raphael Veiga, Scarpa ou Verón flutuam com liberdade. No comando de ataque, nomes como Rony, Endrick ou López, todos móveis, ajudam a abrir espaços.
A mágica mora nas transições rápidas. O Palmeiras espera o adversário subir, rouba a bola e acelera. Os laterais (Menino, Mayke) viram alas, os meias infiltram e o atacante finaliza — uma engrenagem tática eficiente.
Contra o Delfín na Libertadores, foi um show: 5 a 0, com passes verticais e finalizações cirúrgicas, resultado de uma tática bem executada
Mas… sempre tem um “mas”.
Quando o adversário fecha bem, como o Santos de Carille, o 4-2-3-1 engasga. Falta um criador de elite para furar defesas compactas. E sem Dudu, essa lacuna pesa. Abel sabe — e por isso, muda sem medo.
Tática: 4-2-3-1(BRG365)
O Polêmico 3-5-2
Essa tática divide a torcida. Uns amam. Outros nem tanto. Mas é fato: o 3-5-2 virou uma das táticas mais ousadas do Palmeiras.
Com três zagueiros (Gómez, Luan, Murilo), alas bem abertos (Rocha e Piquerez) e dois atacantes de movimentação (Endrick e López), a equipe busca amplitude máxima e domínio do meio-campo.
Funcionou? Olha o clássico contra o Santos no Paulistão: 2 a 0 com domínio total. Piquerez voando pela esquerda, três zagueiros segurando a bronca e Zé Rafael controlando os espaços. O Peixe mal viu a cor da bola — mérito da tática escolhida.
Mas o 3-5-2 também tem seus riscos.
Se os alas não recompõem rápido, o time sofre nas costas. E sem um líbero com qualidade na saída (como na época de Felipão), a construção desde a defesa trava.
Abel tentou Luan como volante, mas… não colou. No jogo contra o Goiás, o plano falhou. Derrota e exposição. Risco tático calculado? Talvez.
Tática:3-5-2(BRG365)
Abel e Suas Táticas
O mais impressionante na tática do Palmeiras não é só a variedade, mas a leitura de jogo.
Abel Ferreira adapta o esquema ao rival e ao momento. Contra times ofensivos, o 4-2-3-1 para contra-atacar. Contra retrancas, o 3-5-2 para ocupar espaços. Cada jogo, uma tática diferente.
E ainda improvisa com maestria: Lázaro como ponta, Piquerez como ala, Endrick surgindo do nada…
Claro, nem tudo são flores. A dependência de Zé Rafael é preocupante. Com Danilo suspenso e Patrick de Paula fora, o meio-campo vira um quebra-galho. Mas Abel responde com ajuste tático.
Mas aí entra a genialidade de Abel: sem volantes, coloca três zagueiros e libera os laterais. Quem mais faz isso no futebol brasileiro?
Abel Ferreira(BRG365)
Ousadia e Inovação
Abel já escreveu seu nome na história do Verdão. Ele ousa, inova, e não repete fórmula. Cada rodada é uma nova proposta tática.
Enquanto outros vivem de receitas ultrapassadas, ele reinventa o time a cada rodada. Às vezes dá errado (como contra o Goiás), mas quantos técnicos teriam coragem de escalar três laterais num clássico?
E não é só tática. É gestão de grupo.
Weverton, Rocha, Gómez — todos evoluíram com ele. Os garotos, como Endrick e Verón, amadurecem em tempo recorde. É um trabalho de longo prazo, sustentado por uma base tática sólida.
Abel Ferreira(BRG365)
O Que Vem por Aí?
Hoje, o 4-2-3-1 segue como base. Mas o 3-5-2 pode ser decisivo nos mata-matas. Lesões? Suspensões? Abel improvisa, sempre com uma nova tática na manga.
Uma coisa é certa: com Abel Ferreira no comando, o Palmeiras será sempre imprevisível. E no futebol, imprevisibilidade com inteligência tática é uma vantagem poderosa.
Enquanto Abel estiver no comando, o Palmeiras será imprevisível. E no futebol, imprevisibilidade é sinônimo de vantagem.
Vai, Verdão!
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