Quando se fala em futebol nordestino, um nome brilha com força especial: o Centro Sportivo Alagoano, ou simplesmente CSA Alagoas.
Fundado em 1913, o clube de Maceió é muito mais do que um time — é um símbolo de resistência, orgulho e identidade para os alagoanos.
Acompanhe o BRG365 e descubra a trajetória do CSA: sua origem, conquistas, rivalidades e o amor da torcida azulina.

História do CSA
A história do CSA começa em 7 de setembro de 1913, com um grupo de jovens sonhadores fundando o então chamado Centro Sportivo Sete de Setembro, em Maceió.
O nome mudaria pouco depois, mas a essência já estava ali: representar Alagoas com garra e amor pelo futebol.
Não demorou para o clube passar por reformulações — primeiro, virou Centro Sportivo Floriano Peixoto (em homenagem a um atleta local) e, em 1918, ganhou o nome definitivo: Centro Sportivo Alagoano.
Desde o início, o CSA mostrou que não era apenas um time de futebol. O clube praticava esportes como boxe, halterofilismo e até esgrima, refletindo uma visão plural do esporte.
Mas logo se destacou como um dos principais times do estado. Com o passar dos anos, o CSA se firmou como protagonista no Campeonato Alagoano, conquistando títulos e ganhando a admiração de uma torcida apaixonada que crescia a cada vitória.
Foi nesse período que nasceram as primeiras rivalidades — especialmente com o Clube de Regatas Brasil (CRB) — e também o sentimento de pertencimento que faz o torcedor azulino se declarar, com orgulho, parte da “Nação Azul”.
Equipe do CSA em 1922, nove anos após a sua fundação(BRG365)
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Títulos do CSA
om 40 títulos estaduais, o CSA é o maior campeão do Campeonato Alagoano. Mas a grandeza do clube vai além das fronteiras locais.
Em 1999, o CSA fez história ao chegar à final da Copa Conmebol, sendo o primeiro clube nordestino a disputar uma competição internacional até a decisão.
A vitória sobre o Talleres-ARG foi um dos pontos altos de uma campanha que projetou o nome de Alagoas no cenário sul-americano, mesmo com o vice-campeonato.
Outro capítulo inesquecível foi a conquista da Série C do Campeonato Brasileiro em 2017 — o primeiro título nacional do clube.
Em 2019, o CSA chegou à elite do Brasileirão, após um bicampeonato estadual, embora tenha sofrido o rebaixamento ao final da temporada. Mesmo assim, a campanha reafirmou a força do clube e o orgulho da torcida azulina.
Veja a tabela com os principais títulos do CSA:
Competição |
Títulos |
Temporadas |
Campeonato Brasileiro - Série C |
1 |
2017 |
|
|
|
Competição |
Títulos |
Temporadas |
Campeonato Alagoano |
40 |
1928, 1929, 1933, 1935, 1936, 1941, 1942, 1944, 1949, 1952, 1955, 1956, 1957, 1958, 1960, 1963, 1965, 1966, 1967, 1968, 1971, 1974, 1975, 1980, 1981, 1982, 1984, 1985, 1988, 1990, 1991, 1994, 1996, 1997, 1998, 1999, 2008, 2018, 2019 e 2021 |
Campeonato Alagoano - 2ª Divisão |
2 |
2005 e 2010 |
Torneio Início de Alagoas |
15 |
1927, 1928, 1929, 1930, 1933, 1935, 1940, 1942, 1946, 1949, 1957, 1961, 1965, 1972 e 1978 |
Copa Alagoas |
2 |
2006 e 2024 |
Total | ||
Títulos oficiais |
60 |
1 Nacional, 59 Estaduais |
CSA foi campeão brasileiro da Série C em 2017(BRG365)
Rivalidades do CSA: CRB
Falar do CSA é falar do Clássico das Multidões contra o CRB — um dos duelos mais intensos do futebol nordestino.
Um episódio lendário aconteceu em 1952, quando o CSA venceu o rival por 4 a 0 no dia do aniversário do CRB.
A torcida azulina, em clima festivo, entoou o "xaxado" durante o jogo, e a partida ficou conhecida como “O Jogo do Xaxado”.
Além do CRB, outro rival de peso é o ASA de Arapiraca, especialmente nas disputas pelo Campeonato Alagoano.
Essas rivalidades não envolvem apenas futebol — elas representam a cultura local, a disputa por prestígio regional e a paixão de torcidas que vivem cada jogo como uma final.
Curiosidade histórica: em 1930, uma briga de rua entre os presidentes do CSA e do CRB terminou com um tiro! A bala ficou alojada na perna de Ismael Acioli, então presidente do CRB, e o caso virou lenda urbana em Maceió.
CRB X CSA(BRG365)
▶️Zebra! CSA elimina o Grêmio com empate e vai às oitavas da Copa do Brasil 2025
Ídolos do CSA
O CSA teve em sua história personagens marcantes que extrapolam os limites do esporte. Entre eles:
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Garrincha: jogou um amistoso pelo CSA em 1973, emocionando a torcida.
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Felipão: campeão do mundo em 2002, iniciou sua trajetória como jogador e técnico no CSA nos anos 1980.
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Deco: futuro craque da Seleção Portuguesa, passou pelo CSA no início da carreira.
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Djavan: antes de brilhar na MPB, treinou nas categorias de base do CSA.
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Jacozinho: ídolo da década de 1980, levou o time a três finais seguidas da Série B.
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Fernando Collor de Mello: foi presidente do CSA aos 24 anos, em 1974, antes de entrar para a política.
Essas figuras mostram como o CSA transcende o futebol, fazendo parte da própria cultura de Alagoas e do Brasil.
Felipão jogou no CSA em 1981(BRG365)
Torcida do CSA
A torcida do CSA é uma das mais apaixonadas do Nordeste.
Grupos organizados como a Mancha Azul e o Movimento Azulcrinante dão vida ao Estádio Rei Pelé, transformando cada jogo em um espetáculo de apoio incondicional.
Em 2019, mesmo com o rebaixamento à Série B, a torcida lotou o estádio até a última rodada, mostrando que o amor ao clube vai além dos resultados. O
CSA não é apenas um time: é um elo comunitário, uma expressão coletiva de identidade.
Curiosidade: o cantor Djavan, ícone da música brasileira, quase seguiu carreira como jogador profissional no CSA antes de optar pela música.
Torcida do CSA no Estádio Rei Pelé(BR3G65)
CSA em Copa do Brasil 2025
O ano de 2025 é especial para o CSA.
Mesmo disputando a Série C do Campeonato Brasileiro, o clube alcançou um feito histórico ao eliminar o Grêmio e avançar às oitavas de final da Copa do Brasil 2025.
No jogo de ida, no Rei Pelé, o Azulão venceu por 3 a 2 com atuação inspirada dos atacantes. Na volta, em Porto Alegre, segurou um empate por 0 a 0 com uma defesa sólida e muito controle emocional.
A classificação, além de simbólica, acumula R$ 7,7 milhões em premiação, reforçando os cofres e ampliando as possibilidades para o restante da temporada.
O clube agora sonha com voos mais altos. A diretoria aposta na força da base, em reforços estratégicos e no apoio irrestrito da torcida, que tem sido um diferencial mesmo nos momentos mais difíceis.
Se já foi capaz de eliminar um gigante como o Grêmio, por que não sonhar mais alto?
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CSA é mais que futebol
Como amante do futebol, não tem como não admirar o CSA Alagoas.
Mais do que taças, ele representa um povo. Sua história é marcada pela resistência, pela paixão e pelo amor a um clube que nunca se rendeu.
Cada clássico contra o CRB, cada conquista estadual, cada acesso ou rebaixamento... Tudo isso compõe a narrativa de um clube que pulsa junto com sua cidade, sua torcida e seu estado.
CSA é futebol, é cultura, é emoção. É Alagoas em forma de camisa azul.
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