Com a aproximação da Copa do Mundo 2026, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) traçou uma nova rota estratégica para a preparação da Seleção Brasileira.
Em vez de buscar confrontos diretos com potências do futebol desde o início, o planejamento prevê uma evolução gradual: amistosos contra equipes da Ásia e África ainda em 2024, seguidos por jogos contra seleções europeias a partir de 2025.

De acordo com o coordenador executivo da Seleção, Rodrigo Caetano, a escolha dos adversários obedece a uma lógica técnica e logística. “A ideia é aproveitar as datas FIFA restantes de 2024 para enfrentar seleções que também estejam disponíveis, como muitas da Ásia e da África. Isso nos permite testar novos atletas e manter ritmo após o fim das Eliminatórias”, explicou em entrevista à Sportv.
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Primeiro estágio: adaptação com diversidade tática
Com as Eliminatórias Sul-Americanas se encerrando em setembro, a Seleção terá liberdade em outubro e novembro para realizar duas partidas amistosas. A ideia é enfrentar seleções com estilos táticos distintos, proporcionando ao técnico e à comissão técnica novas leituras e experiências.
Além disso, seleções desses continentes devem ter calendários menos sobrecarregados em 2025, o que favorece acordos antecipados com a CBF.
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Etapa europeia começa em 2026
A fase mais intensa da preparação está marcada para março de 2026, quando o Brasil pretende enfrentar seleções europeias do primeiro escalão, já classificadas para o Mundial e que não precisarão disputar repescagem. A ideia é simular o mais próximo possível o clima de Copa do Mundo, tanto em nível técnico quanto emocional.
Já em junho, nas semanas que antecedem o torneio, os amistosos finais ocorrerão provavelmente nos Estados Unidos, sede da competição. Os adversários serão seleções europeias consideradas “B”, ou seja, que oferecem menos resistência física, o que permitirá uma preparação mais voltada ao ajuste fino tático e à adaptação ambiental.
Preparação com foco físico, tático e logístico
Rodrigo Caetano destacou que o cronograma visa garantir o equilíbrio entre desempenho e desgaste físico: “Vamos repetir a estratégia que usamos na Copa América, com ambientação nos Estados Unidos e uma sequência de jogos pensados para manter ritmo e evitar lesões.”
Com um planejamento detalhado, a CBF aposta em uma preparação inteligente para fazer frente ao desafio de conquistar o sonhado hexa. E cada amistoso, mesmo contra seleções fora do radar midiático, será peça-chave na montagem do elenco e na consolidação de um modelo de jogo eficaz para 2026.