Se tem um clube que entendeu o jogo a longo prazo, esse clube é o Palmeiras. Enquanto muitos times brasileiros ainda apostam em contratações caras e de risco, o Verdão se tornou um modelo em toda a América Latina ao investir pesado na base do Palmeiras, referência hoje na formação de jogadores.
E os resultados são inegáveis: garotos como Endrick (Real Madrid), Estevão (Chelsea) e Luis Guilherme (West Ham) já valem milhões de euros.
Mas o que há por trás dessa máquina de revelar talentos? Siga o BRG365 e descubra por que a base do Palmeiras é o modelo ideal para o futebol brasileiro.
Investimento em Estrutura
Em 2023, o Palmeiras investiu R$ 30 milhões só nas categorias de base. O CT de Guarulhos, sede da base do Palmeiras, é referência no Brasil: cinco campos (um deles com grama artificial igual à do Allianz Parque), academia moderna, fisioterapia, nutrição e até acompanhamento psicológico.
“Muitos clubes profissionais não têm isso”, destaca Lucas Sales, preparador físico do sub-15. A diferença é que os meninos da base do Palmeiras treinam em condições iguais às do elenco profissional.
E tem mais: há também um campo de terra batida, apelidado de "terrão", onde a regra é clara — não há comando dos técnicos. São os próprios jogadores que decidem como jogar.
“Trazemos a rua para o CT”, explica Leto, técnico do sub-13 da base do Palmeiras.
Base do Palmeiras
Formação Tática
Aqui está um dos segredos mais geniais da base do Palmeiras: nenhum jovem fica preso a uma posição. Desde o sub-10, eles são obrigados a atuar em pelo menos três funções diferentes.
Gabriel Menino já foi camisa 10, volante e até lateral. Patrick de Paula jogou como zagueiro e meia. Vanderlan, hoje lateral, já foi ponta e zagueiro.
“Isso aqui é uma escola. Não dá para estudar só uma matéria”, brinca João Paulo Sampaio, coordenador da base do Palmeiras. A filosofia veio de Vitória, onde ele ajudou a transformar Hulk (de lateral a atacante) e David Luiz (de meia a zagueiro).
Para Abel Ferreira, essa versatilidade é ouro. Afinal, um time cheio de “coringas” se adapta melhor a qualquer sistema.
Base do Palmeiras
Olheiros em Ação
Enquanto alguns clubes apostam em estrangeiros, o Palmeiras vasculha o Brasil de ponta a ponta. São oito olheiros técnicos cobrindo todas as regiões — do Sul ao Nordeste. Eles assistem a torneios de futsal, campeonatos estaduais e até jogos de escolinha.
“O talento é primordial, mas também avaliamos físico, tática e emocional”, explica Douglas Gramani, um dos olheiros.
A estratégia é agressiva.
Na Copa São Paulo de Juniores, o clube mapeou 128 times em 32 sedes.
E quando encontram uma joia, fecham parcerias com clubes menores para garantir direitos econômicos no futuro da base do Palmeiras.
Da Base ao Profissional
De nada adianta ter estrutura se os garotos não chegarem ao time principal. Em 2023, 11 jogadores da base estiveram no elenco profissional.
Endrick, mesmo com apenas 18 anos, já era titular. Vanderlan e Gabriel Menino viraram peças-chave. E a meta do clube é clara: pelo menos quatro jovens devem jogar 450 minutos em dez partidas por temporada.
“18% da minutagem do time em 2024 foi de atletas da base”, comemora Cícero Souza, gerente de futebol.
E os títulos? Nas últimas oito competições nacionais de base, o Palmeiras foi sete vezes campeão. Sinal de que a mentalidade vencedora é plantada desde cedo.
Base do Palmeiras
A Base como o Melhor Negócio
O que o Palmeiras faz deveria ser case nas universidades. Enquanto outros times demitem preparadores físicos ou fecham categorias de base, o Verdão entendeu que formar jogadores é tão importante quanto ganhar títulos.
Claro, há críticas. Alguns torcedores reclamam que “vendem os craques muito cedo”.
Mas, pense bem: É melhor revelar um Endrick a cada dois anos ou viver de contratações de jogadores medianos e salários inflados?
Além disso, o clube cuida do lado humano: alojamento, educação e suporte psicológico para meninos que saem de casa ainda crianças.
Base do Palmeiras
O Futuro é Verde
O Palmeiras não está só formando jogadores — está criando uma geração vencedora.
Com estrutura, método e visão de longo prazo, o clube mostra que investir na base não é custo. É estratégia. É lucro.
E enquanto os clubes europeus continuarem pagando milhões por essas joias, o ciclo segue.
Para os rivais, fica o recado: enquanto não priorizarem a base, o Palmeiras seguirá anos-luz à frente. E olha que o mais assustador é saber... Isso é só o começo.
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